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sábado, 29 de março de 2014

Geração WhatsApp




Nos dias de hoje, encontrar um adolescente que não tenha um celular é praticamente impossível, e isso não significa apenas um telefone móvel, mas sim um computador de bolso que se pode conectar em qualquer lugar e a qualquer hora!
 
No Brasil, em janeiro de 2009, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) contabilizou 154,6 milhões de assinantes de telefonia móvel e, embora a agência e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não tenham informações sobre a faixa etária dos proprietários dos aparelhos, é possível perceber o interesse dos adolescentes por celulares.
 
Pesquisadores constataram que os celulares mudaram a vida dos adolescentes sob vários aspectos, a comunicação rápida, o acesso a informações de forma constante e o uso das redes sociais aproximando os grupos de adolescentes. Hoje, em vez de agendar encontros com os amigos com antecedência, como se fazia há alguns anos, os jovens planejam suas atividades quando já estão a caminho delas e em um curto período de tempo são capazes de preparar uma festa.
 
Os jovens não usam o celular apenas para a troca de informações objetivas e sim para participar da rotina do outro, expressar proximidade, afeto e dar vazão aos sentimentos. A troca de carinhos virtuais é considerada por eles como essencial para seus relacionamentos e parece funcionar como uma espécie de “reanimador”, pesquisas apontam que quanto mais um adolescente telefonava ou mais mensagens escreve, menor a possibilidade de se sentir solitário. Além do que, aqueles que se descreviam como socialmente tímidos ou solitários declararam que era mais fácil se expressar por mensagens curtas, pois, a comunicação por escrito, para alguns, pode facilitar a demonstração de carinho.
 
O advento do celular também mudou relacionamentos familiares e despertou controvérsias. O celular interfere na estrutura de poder entre pais e filhos. Na puberdade, o desejo parental de controle e a necessidade de liberdade dos adolescentes entram inevitavelmente em conflito. Isso acontece em todas as gerações – o celular, porém, modificou a forma como esses impasses são resolvidos.
 
O limite entre estar em casa e estar fora torna-se confuso, pois um jovem com celular pode entrar em contato com seus amigos a qualquer momento e em qualquer lugar sem a interferência dos pais. E estes, por sua vez, podem participar mais intensamente da vida de seus filhos.
 
A possibilidade de cuidados a distância pode fazer com que os pais concedam maior liberdade aos filhos, para a família o aparelho é visto como mecanismo de segurança. Tanto filhos quanto pais salientaram o efeito tranquilizante de telefonemas regulares durante uma ausência prolongada.
 
Porém, o celular ainda pode ter outras graves consequências para os jovens, como ocorre com toda nova tecnologia, existe o risco de abuso. Alguns estudos isolados indicam que jovens podem desenvolver dependência do celular. Há adolescentes que não conseguem ficar sem o celular nem por um instante. E entram num estado de profunda ansiedade e angústia quando se veem sem o aparelho, quando ficam sem créditos ou com a bateria no fim.
 
Pessoas que sofrem de nomofobia, o nome vem do inglês no + mobile + fobia, ou seja, "fobia de permanecer sem conexão móvel”, deixam o celular ligado 24 horas por dia, sentem-se rejeitadas quando ninguém lhes telefona e enfrentam síndrome de abstinência quando estão sem o aparelho. O problema pode estar ligado a outros transtornos, como ansiedade e depressão.
 
Exageros da portabilidade abalam as emoções de jovens que constantemente ficam em estado de alerta com uma expectativa permanente em torno das chamadas, SMS, whatsApp, viber e afins sofrendo um enorme desgaste psicológico e com o tempo, pode se transformar em crise de ansiedade ou até em depressão.
 
Não é difícil encontrarmos pessoas que se comuniquem mais através das redes sociais do que pessoalmente e muitas vezes até preferem contatos virtuais. Alguns ficam angustiados quando não podem ser alcançados, mesmo que seja por sms, porém não se trata apenas de enviar e receber mensagens, mas sim sugere uma total transformação na maneira pela qual as pessoas se comunicam. Enquanto isso, outros atualizam incontáveis vezes, diariamente, o Facebook, Instagram ou Twitter, qualquer que seja a hora ou o lugar onde esteja. E assim, a exposição à tecnologia pode estar lentamente remodelando nossas vidas.
 
Muitos jovens nomofóbicas, porém, não aceitam que são portadores desse tipo de fobia e atribuem a sua angústia a várias outras causas. Colocam a culpa na escola ou na necessidade de se comunicar com a família ou com amigos, no caso de alguma emergência.
 
É importante percebermos o celular como instrumento facilitador e o problema não está com ele e sim com o mau uso que fazemos dele. Além disso, a Internet é um meio de comunicação fascinante. É importante utilizá-la de maneira saudável, para promover o aprendizado, estabelecer boas relações e se comunicar. É fundamental manter um limite, afinal você é quem deve manter total controle sobre sua vida e não um determinado site ou aplicativo que vai determinar o seu comportamento.
 
E você? Está sempre conectado onde quer que esteja? Qual a sensação ao perceber que esqueceu o celular ou smartphone em algum lugar e que corre o risco de ficar desconectado por algum tempo? Nesse caso, a primeira pergunta a ser feita é: o uso da internet está interferindo em outras áreas da vida?
 
 
 
*Ada Melo é psicóloga formada pela PUC Minas, em 2010 e especialista em MBA pela UNA, em 2012. Atua nas áreas clínica e organizacional pela abordagem psicanalítica. É colunista da Rede Psicoterapias, onde escreve às terças sobre infância e adolescência.
 
Contato: ada_psique@yahoo.com.br

4 comentários:

  1. Waths 17 981373187. Preciso muito comversa com voce, abracos

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  2. Bom dia Paulo Roberto,

    podemos nos falar por e-mail, segue meu contato: ada_psique@yahoo.com.br

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  3. Vocês ainda estão usando o Whatsapp?

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  4. 99 99225-2740 precisando de alguém pra desabafar, pq minha familia nem se importa.

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Abraços,
Ada Melo - Psicóloga
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