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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Criança, a alma do negócio II


Há alguns anos, nessa mesma época de Natal, escrevi essa matéria no Blog sobre o consumismo infantil, me preocupava como as crianças estavam encarando essa época do ano, não mais como uma festa de amor e reunião familiar, mas uma data de apenas trocas de presentes e de presentes caros e sem significados, influenciados pela mídia que as vezes me parece tão cruel, por usar artifícios persuasivos contra um publico tão indefeso e sem critica. E os pais, quem pode culpa-los por querer agradar seus filhos e fazer suas vontades, um pouco vitimas desse consumismo desenfreado também?!

Relendo a matéria (http://www.psiqueonlinee.blogspot.com.br/2010/12/crianca-alma-do-negocio.html) ainda me lembro das surpresas que vi nas lojas de brinquedos, roupinhas para bonecas em sessões de luxo das lojas, isso tudo para atrair os olhos de menininhas que mal entendem o significado de tudo aquilo, mas que já desejam comprar... compra... comprar...

A indústria publicitaria criou uma geração fanática pelo consumo exagerado, acabando com a infância e fazendo com que as crianças deixem para trás aspectos importantes dessa fase para se dedicarem a um hábito que antes era próprio dos adultos.

 

 
Para esse mercado vale tudo e as estratégias para seduzir são inúmeras como personagens infantis, jogadores de futebol, animadores, etc. As propagandas vão desde anúncios de brinquedos a eletrônicos, tudo isso ligado a um mercado milionário e influenciador deixando crianças e adolescentes reféns da televisão e de qualquer tipo de apelo de venda num desejo incontrolável de obter todas essas novidades, mesmo que ela não precise ou possa adquiri-la.
 
 
 
 
 
O método se torna ainda mais eficaz diante da simpatia das crianças pela televisão e através dela, empresas de vários ramos, buscam atrair o público infantil, pois são excelentes promotores de vendas, já que não sabem como lidar com o apelo da publicidade e acabam influenciando a família inteira nas escolhas de certos produtos na hora da compra e muitos pais acabam cedem aos pedidos dos pequenos por variados motivos, alguns por culpa de não passarem tanto tempo como gostariam com seus filhos ou até mesmo por não terem tido essa oportunidade quando crianças.
 
 
 
Mas de 2010 para cá andei tendo outras surpresas e não poderia não compartilhar e quem sabe até mesmo inspirar outras ações....Tenho conhecido uma outra geração de mães, que trabalham sim, e muito! Mas que priorizam suas famílias e seus filhos e ensinam os antigos valores como amor e caridade, uma geração que por tanto ouvir noticias ruins achei que tivesse acabado... mas felizmente não! E as noticias que tenho são encantadoras... motivadoras!
 
 
 
 

Vou começar contando sobre um convite de aniversário que me comoveu, a festa é para um menininho lindo e sorridente que completará 1 aninho, o convite veio por e-mail e não tinha nada de luxuoso ou personagens fantásticos como temos visto ultimamente, mas era o rostinho dele rindo como ele é! E dizia assim: Este ano faremos doações de alimentos e/ou brinquedos para crianças carentes no Natal, então não se preocupe com presentes para mim, se puder, contribua com o natal desses amiguinhos que vou visitar e ajudar. E essa não é nenhuma família de artistas famosos, mas uma família que quer ensinar solidariedade e amor com o próximo a seu filho desde pequeno, desde o seu primeiro ano. E para quem pensa...mas ele é muito pequeno, não, não é muito pequeno para já começar a estabelecer suas relações com o mundo, ele já tem feito isso desde a barriga da sua mãe.

Esse convite me tocou não só pela atitude desse pais em ajudar outras famílias, mas porque eles estavam abrindo mão da festa super-fantastica do primeiro ano de seu tão amado filho para comemorar de um jeito diferente, principalmente, ensinando a todos nos o valor da doação e doação não só de bens matérias, mas de carinho!

Mas esse foi um ano realmente surpreendente!!!! Uma outra mãe, cheia de valores e princípios alimentares não abriu mão disso nem na festa do primeiro aniversario do seu filho, fez tudo com tanto carinho e capricho, mas dentro daquilo que ela acredita ser uma alimentação saudável para seu filho fez a festa dele recheada de frutas saborosas e coloridas, sucos naturais deliciosos, sanduiches sem conservantes uma festa incrível, mas que não contou com guloseimas açucaradas e gordurosas de buffets carerrímos para ninguém e se a criança gostou? Se esbaldou em melancia!!! Se sujou todo, brincou e não teve nenhuma dor de barriga depois!
 
 
Essas histórias me encheram de esperança, pois ainda existem pais e mães que não deixam seus filhos serem cuidados pela TV e a mercê dessa publicidade maciça que busca a qualquer preço comprar nossas crianças, pais e mães que não se deixam dominar pelo sentimento de culpa, pois sabem equilibrar o trabalho e sua vida familiar, reservam tempo para suas carreiras, negócios e empreendimentos, mas também bagunçam toda a casa para as brincadeiras com seus filhos, sentam no chão, cuidam da alimentação, brincam de boneca e carrinho, sentam para fazer o dever com eles, sabem das suas potencialidades e dificuldades e as vezes passam horas na internet até procurando maneira de ajudá-los, não polpa esforços e não deixam a cargo de professores particulares, babas ou simplesmente entregues as escolas, são pais e mãe de verdade!!!!