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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dia das crianças: A importancia da Brincadeira

Olá Pessoal,

Já dizia a musica "brincadeira de criança, como é bom..."!!! E é bom mesmo!!! Esse é o mês que se comemora o DIA DAS CRIANÇAS, as redes sociais estão repletas de fotos infantis, gente até que aproveitou a ocasião pra matar a saudade da infância que teve, como foi meu caso, vendo fotos dos meus amigos e primos que andaram não só revelando o passado deles mas o de toda a família! hehehhe...

É uma delicia reviver os tempos de criança, pois tive uma infância muito feliz, rodeada de primos e amigos com os quais tenho um carinho enorme! Brincávamos na rua quase todos os dias, o que dava um certo trabalho para nossos pais, que tinham que ficar nos olhando e que por muitas vezes entravam na brincadeira o que nos alegrava ainda mais! Fui do tipo de criança que passava o fim de semana na casa da avó e viajava pra roça com eles. E era roça mesmo, não tinha piscina, quadra ou videogame, brincávamos era de cabaninha, de subir em árvore e fazer comidinha de barro, de corre-corre, balão d'água e as inúmeras brincadeiras que inventávamos e brincar era o melhor remédio pra tudo!!!

Por isso, não poderia deixar de lembrar a todas as crianças e aos pais que brincar é ESSENCIAL!!!




O princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959, já estabelece: toda criança tem direito ao lazer infantil. Brincar é essencial para o desenvolvimento da criança - e o valor da brincadeira não pode ser subestimado.

A literatura e as pesquisas demonstram que brincar tem três grandes objetivos para as crianças: o prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. Brincando, a criança passa o tempo, mostra aos pais e professores sua personalidade e descobre informações.

Temos várias razões para brincar, pois sabemos que é extremamente importante para o desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social da criança. É brincando que a  criança expressa vontades e desejos construídos ao longo de sua vida, e quanto mais oportunidades a criança tiver de brincar mais fácil será o seu desenvolvimento. A criança consegue lidar com situações novas e inesperadas, e age de maneira independente, e consegue enxergar e entender o mundo fora do seu cotidiano.

O brincar favorece a descoberta, a curiosidade, uma vez que auxilia na concentração, na percepção, na observação, e além disso as crianças desenvolvem os músculos, absorvem oxigênio, crescem, movimentam-se no espaço, descobrindo o seu próprio corpo. O brincar tem um papel fundamental neste processo, nas etapas de desenvolvimento da criança. Na brincadeira, a criança representa o mundo em que está inserida, transformando-o de acordo com as suas fantasias e vontades e com isso solucionando problemas.

Para Cunha (1994), o brincar é uma característica primordial na vida das crianças, porque é bom, é gostoso e dá felicidade. Além disso, ser feliz e estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente, são outros pontos positivos dessa prática.

O brincar tem a função socializadora e integradora. A sociedade moderna cada vez mais tem sofrido transformações em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar e a escola acaba sendo a única fonte transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e resgatar as brincadeiras populares.

 O brincar vai desde a sua prática livre até uma atividade dirigida, com regras e normas. Os jogos são ótimos para desenvolver o raciocínio lógico, e também para o desenvolvimento físico, motor, social e cognitivo, e atualmente a aplicação desta nova maneira de transmissão de conhecimento é até mais fácil pelos recursos e metodologias disponíveis para o professor.  

Porém, o brincar não deve ficar só a cargo da escola, os pais também devem ter esse momento com seus filhos e o primeiro passo para garantir que ele faça esta atividade com frequência é estabelecer um horário diário ou semanal para brincar com seu filho. Muitos pais lotam a agenda dos filhos com afazeres extracurriculares, o que extingue o momento da brincadeira. "Toda agenda de criança deve ter um espaço diário para não fazer nada - é aí que surge o espaço para brincar".

Participar da brincadeira dos filhos também dá uma vantagem aos pais: conhecê-los melhor. Como a criança se expressa brincando, os pais observadores descobriram as vulnerabilidades e os pontos fortes de seus filhos, brincar juntos aumenta o grau de confiança e o vínculo entre pais e filhos.
Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. Por isso, nada de entupir a menina só com bonecas e chegar com um carrinho debaixo do braço a todos os aniversários do menino. As crianças precisam experimentar de tudo. Cada brinquedo traz uma mensagem e vai despertar o interesse e a curiosidade de alguma forma.

O importante é o brincar, e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos com uma fruta, uma caixa de papelão vazia ou o que quer que esteja à mão. E não se preocupe se não puder dar a seu filho aquele carrinho movido a pilhas de última geração. Só na visão do adulto um brinquedo eletrônico é divertido. Para a criança, brinquedo que brinca sozinho é enfadonho.
As brincadeiras ideais para cada faixa etária 

O desenvolvimento infantil é individual, mas as crianças passam, cada uma a seu tempo, pelas fases abaixo. Todas as atividades devem ser desenvolvidas sob supervisão de um adulto e nos ambientes adequados.





Crianças menores, mesmo na companhia de outras, costumam brincar sozinhas. Para elas, o ideal são brincadeiras que estimulem os sentidos. Através deles, elas exploram e descobrem cores, texturas, sons, cheiros e gostos. Nesta fase, a brincadeira tem que estimular os sentidos.


Correr, puxar carrinhos, escalar objetos, jogar com bolinhas de pelúcia são atividades recomendadas.




 
Por volta dos 3 anos elas desenvolvem outro tipo de brincadeira: o faz de conta. Imitar situações cotidianas - como brincar de casinha ou fingir que é o motorista de um ônibus - permite que as crianças se relacionem com problemas e soluções que passam do fazer imaginário para o aprender real.




A partir dos 5 anos, os pequenos estão aptos para incluir o outro nas brincadeiras. "É a fase em que elas deixam de brincar ao lado de outras crianças e passam a brincar com outras crianças. Surgem os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda.

 



 

A partir dos 7 anos a criança está apta a participar e se divertir com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores.









Esta sem ideia de como brincar com seu filho, então confira essas dicas!
http://delas.ig.com.br/filhos/brincadeiras/





O brincar, independente do local, dos brinquedos disponíveis e de quem o pratica, sempre será positivo e sempre gerará aprendizado, tanto como atividade dirigida quanto livre.

Para encerrar, uma música simples... assim como o brincar!






Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva,
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul,
Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,
E se a gente quiser ele vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra consigo passar num segundo,
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá).
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá).
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).
(Aquarela, Toquinho)
 

Dedico esse post aos meus primos e melhores amigos que fizeram parte das minhas melhores brincadeiras de criança! Amo vocês!!!!
 
 
 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

OUTUBRO ROSA: Cuidado!!! Atormentados pela prevenção




Olá Pessoal!

Gostaria de dividir com vocês um texto muito interessante de autoria de Heloisa Caldas - EBP (RJ). Quando vemos campanhas como essa do Outubro Rosa temos que tomar cuidado para não ficarmos alarmados demais... o que se busca é o equilíbrio, não podemos deixar de apoiar o movimento e fingir que o câncer de mama não existe - ele existe sim e precisa ser tratado, mulheres precisam se prevenir, porém, as vezes essa prevenção se torna atormentadora como nos diz o texto abaixo, leia e reflita sobre!


 a vida se escoa e precisa ser vivida em vez de ser reduzida a evitar perdas.


Uma notícia sobre a prevenção médica agitou recentemente o mundo. A famosa atriz Angelina Jolie, após se submeter a um exame genético que preconiza probabilidades futuras de ter câncer, submeteu-se a uma mastectomia preventiva dupla. Uma edição recente da revista Time alerta para o 'efeito Angelina' que decorre da visibilidade sobre prevenção médica colocada em cena.




Não podemos julgar a decisão subjetiva de Angelina. O sujeito emerge justamente na forma como cada um enfrenta o saber de sua época, assim como a maioria das decisões subjetivas só pode ser tomada a partir do saber de seu tempo. Quanto mais se fala em avanços da ciência, mais crescem as demandas de sujeitos alienados aos milagres da medicina. Trata-se da prece contemporânea à Deusa Ciência, esperando-se que esta tenha em suas mãos o controle total do corpo.

O que a veiculação maciça de avanços da ciência, ainda tão frágeis, produz? Uma demanda de garantia. Esse será, provavelmente, o maior "efeito Angelina": o recrudescimento do apelo ao saber científico, sem levar em consideração sua forma cientificista de difusão que ocorre menos devido às descobertas das pesquisas do que a sua associação com os interesses do capitalismo.

Para a psicanálise, o real do corpo distingue-se daquilo que o organiza como a imagem a se dar a ver. Também não se confunde com a inscrição simbólica desse corpo nos laços sociais. Tais registros se enlaçam ao real do corpo que reside no fato de que, aquém e além da subjetivação, que faz do corpo um objeto que se "tem", o corpo existe como campo de gozo. Um gozo que não se pode dominar nem arquitetar totalmente. Um gozo que, inexoravelmente, visa outra satisfação, situada além da demanda que a anima.

A partir dessas considerações, gostaria de destacar outro efeito do cientificismo contemporâneo. Ele se expressa, na clínica, através de manifestações de culpa que dificultam o luto que alguns precisam fazer, após acidentes ou cirurgias que, diferentemente do caso de Angelina Jolie, não se deram por opção, mas responderam a contingências. O câncer pode ser uma delas. A contingência do acontecimento de corpo, devida à perda de uma parte deste, exige um delicado trabalho de rearranjo dos três registros nos quais o corpo se situa. O que se pode imaginar do corpo, o que se pode fazer com ele, nunca mais será o mesmo, depois de um acontecimento dessa ordem. É preciso reconstruir um novo saber para viver e lidar com este corpo.

O acaso traumático impele naturalmente ao trabalho psíquico de submetê-lo a uma leitura que o legisle. Criam-se argumentos que justificam uma causa anterior ao fato. O sujeito pode pensar não ter atentado para isso a tempo. Daí surge uma culpa de que isso poderia ter sido predito, previsto e, portanto, evitado. Esse prefixo "'pré" atormenta o sujeito, no futuro anterior impossível do trauma, ao mesmo tempo em que nutre um supereu feroz e exigente sustentado pelos ideais de prevenção.

Esse é também um dos efeitos das divulgações cientificistas: o de dificultar a experiência com a contingência que permite o luto e a revitalização da libido em novas formas de vida; o de paralisar os sujeitos no olhar vigilante e acusador de um Outro que tudo poderia ver e saber. O real do corpo é justamente o ponto em que, diante do Outro inconsistente –S(A/)–, a vida se escoa e precisa ser vivida em vez de ser reduzida a evitar perdas.








OUTUBRO ROSA II




O Outubro Rosa e um movimento de conscientização sobre o câncer de mama, uma doença mais comum do que se imagina e que pode ser tratado se descoberto o quanto antes, então e importante que se faça o autoexame: Prevenir-se!!!

 
 
Como podemos perceber o câncer de mama:
 

 
 
Previna-se, faça o autoexame:
 
 


OUTUBRO ROSA

Olá Pessoal!!!

Como muitos de vocês já devem ter visto, Outubro e o mês da campanha contra o câncer de mama e o Blog apoia essa ideia!

Vamos discutir durante esse mês assuntos relacionados ao tema e contamos com sua opinião :)